VAMOS ESPIZENHAR AS OSGAS....

QUANDO O FUTEBOL PÁRA LISBOA

Duas jornadas depois do intenso “clássico”, a Luz volta a receber um jogo grande, desta feita o “derby”. Benfica e Sporting medem forças, mercê de um caprichoso calendário que colocou os três “grandes” a cruzarem-se nas cinco primeiras jornadas da Liga Sagres. Jogando em casa, perante uma “Catedral” que se prevê a rebentar pelas costuras, o Glorioso tentará aproximar-se de uma liderança que é hoje repartida pelo Sporting e pelo Nacional da Madeira. Ao bom futebol já apresentado e à emocionante vitória obtida em Paços de Ferreira, tentará o Benfica dar nobre seguimento. E que melhor jogo para o alcançar. É que uma vitória ante o velho rival seria ouro sobre… vermelho.

Em busca da glória

Não se esperem, contudo, facilidades. “Derby” é sempre “derby” e a oposição tem o seu valor, especialmente tendo em conta que soma apenas vitórias no campeonato. Até por isso, torna-se duplamente importante que o Benfica consiga colocar em campo as suas armas e superiorizar-se à sólida estrutura leonina, aproveitando o factor casa e somando três pontos que colocarão ao rubro as contas no topo da tabela.

Terá de ser um Benfica tão forte como aquele que marcou quatro golos (via um futebol prático, veloz e agressivo) na Mata Real, que terá de se apresentar na Luz, diante do Sporting. Apoiado pelo seu público, este Benfica terá de se repetir excitante no ataque e imaginativo na construção de jogo, repetindo a atitude guerreira demonstrada na capital do móvel. Ainda assim, espera-se um Benfica mais eficaz defensivamente ao nível dos lances de bola parada, a única forma que os adversários na Liga Sagres têm encontrado para ultrapassar os lisboetas.

Num jogo em que não poderá contar com David Luiz, Luisão e Suazo, Quique Flores tem, ainda assim, um amplo leque de opções tendo em vista o ataque aos três pontos. Só o técnico espanhol saberá se recorrerá a mudanças relativamente ao “onze” que alinhou na Mata Real, no passado fim de semana, embora elementos como Léo ou o regressado Katsouranis estejam naturalmente à espreita para ajudar a equipa. Por outro lado, haverá espaço para o regresso de Aimar aos titulares? Respostas, essas, reservadas para o início da noite de sábado.

No Sporting, mantém-se a ausência de Liedson, embora se perspective o regresso de Derlei, que falhara o jogo com o Belenenses devido a lesão. O brasileiro poderá constituir dupla com Hélder Postiga ou com Yannick na frente, embora Liedson tenha sido convocado pela primeira vez esta época. No miolo, cuidados especiais para Moutinho e Rochemback (disputa tremenda com Yebda e Carlos Martins), enquanto na defesa é Tonel quem se destaca, em especial nos lances de bola parada ofensivos.

Mudar a história recente

Este é, por outro lado, um importante teste à capacidade de o Benfica inverter a história do “derby” nos últimos anos. É que, ao contrário do que tem acontecido em Alvalade, onde o Benfica venceu em diversas ocasiões no passado recente, as últimas memórias dos jogos entre os velhos rivais na Luz não têm sido as melhores, pois os “leões” perderam apenas em três ocasiões nas últimas 14 visitas.

Ainda assim, no cômputo geral, a história é favorável ao Glorioso (somou 38 vitórias contra 15 e marcou 151 golos contra 101). A última vitória benfiquista surgiu em 2004/05 quando, num cabeceamento de Luisão, mesmo no término da partida, o Benfica garantiu, praticamente, a conquista do seu último campeonato. Uma excelente fonte de inspiração para Quique Flores e seus comandados. Na noite em que Lisboa pára, a cor da esperança tem mesmo de ser a vermelha. Que se dê, pois, continuidade à vitória obtida na Mata Real.
Texto: Ricardo Soares
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VAMOS A ELES!!!!
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