Jorge Jesus: “Foi possível lançar alguns jovens em que acreditamos”
O Benfica venceu, fora, o Cinfães por 0-1, carimba a presença na eliminatória seguinte da Taça de Portugal e no final, Jorge Jesus realçou o clima de festa que se viveu, típico da prova.
“Ficou aqui demonstrado o que é a festa da Taça de Portugal. Foi uma jornada bonita e foi possível lançar alguns jogadores jovens em que acreditamos. Numa competição de grande responsabilidade, assumi a minha decisão e estou contente com alguns jovens que estiveram bem. Não gosto de individualizar, mas tenho de realçar o Funes Mori e o Ivan Cavaleiro”, apontou.
O treinador mostrou ser um homem feliz com o que se passou no estádio Prof. Cerveira Pinto. “Correu tudo bem, passámos a eliminatória e estou muito feliz com a equipa do Benfica”, afirmou.
Instado a comentar se correu riscos com a aposta nos jovens da equipa B, Jesus foi conclusivo: “Na Taça de Portugal há sempre surpresas e sabíamos que isso pode acontecer. Mas arrisquei porque confio nos jogadores e na qualidade que têm. Este é o caminho que o Benfica quer.”
Entre os da Luz, o destaque vai para Ola John e Ivan Cavaleiro.
Oblak – O jovem guarda-redes não teve muito trabalho, porém, esteve em bom plano quando chamado a intervir. Rubricou uma boa defesa aos 48’. Seguro entre os postes, o esloveno parece ser uma opção válida para as escolhas Jorge Jesus.
Sílvio - O defesa internacional português actuou na direita no jogo que marcou o seu regresso à competição. Ainda a recuperar o ritmo competitivo, o jogador “encarnado”, esteve em bom plano em termos defensivos.
Jardel - Cabeceamento perigoso logo a abrir o encontro, na sequência de canto apontado por Ola John. O defesa benfiquista foi um perigo iminente nas bolas paradas ofensivas. Defensivamente esteve seguro e dominou o jogo aéreo.
Steven Vitória - Mantém a classe na defesa “encarnada”. O defesa central mostrou que é uma aposta ganha. Nunca deu um lance por perdido e viu um golo seu ser anulado aos 37’, num cabeceamento após canto batido por Ola John.
Bruno Cortez - O defesa brasileiro não comprometeu defensivamente e foi um importante apoio ao extremo holandês, Ola John. O camisola 12 foi incansável durante todo o jogo e ainda ajudou no processo ofensivo.
Victor Lindelof - O médio defensivo sueco foi uma das grandes surpresas no onze inicial de Jorge Jesus. O poderio físico do jogador chamou a atenção e o seu sentido posicional mostra uma grande maturidade.
Ruben Amorim - Foi o capitão do Benfica e conseguiu pautar a velocidade do jogo “encarnado”. Um verdadeiro “box-to-box”, aparecendo nas acções defensivas e ofensivas.
Djuricic - O “10” das “águias” aumentou o rendimento na 2.ª parte e teve alguns lances individuais de destaque. Acabou por ser substituído aos 79’ dando lugar a Bernardo Silva.
Ola John - Entrou decidido no jogo e saíram dos seus pés os passes para os primeiros momentos de perigo do Benfica. Foi o homem que assumiu a marcação dos cantos e que levaram perigo à baliza do Cinfães. Marcou o golo da vitória aos 52’ com um portentoso remate.
Ivan Cavaleiro - Decidido a conquistar o lugar, o jovem jogador esteve sempre muito agitado no ataque, quer a rematar, quer nas combinações ofensivas. Assistiu Ola John com um cruzamento tenso da direita que rompeu a defesa nortenha.
Funes Mori - O avançado “encarnado” deu muito trabalho à defesa adversária. Sempre muito irrequieto conseguiu ganhar a maior parte das bolas divididas. Bom no jogo aéreo.
Bernardo Silva - Entrou aos 79’ teve pouco tempo para se mostrar. Mas os seus pés não enganam quando tem a bola.
SLB
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