Nuno Santos despede Júlio Machado Vaz do Trio de Ataque
Porque há assuntos difíceis de abordar em minuto e meio de directo e o Murcon sempre foi o meu "Diário da República", passo a expor o seguinte:
1 - Ontem ao fim da tarde fui contactado telefonicamente pelo Director de Informação da RTP, Nuno Santos. Pediu-me desculpa por o fazer no dia do programa, mas julgava ainda ir o Trio para o ar na próxima semana.
2 - Disse-me que o programa iria ser reestruturado em Agosto e que nesse contexto eu abandonaria o painel. Já que lhe pertencera a ideia de para ele me convidar, considerava responsabilidade sua informar-me dessa decisão a tempo de me despedir dos espectadores. Gentil, acrescentou que pessoalmente apreciara bastante a minha prestação durante os dez meses transcorridos.
3 - Não me adiantou qualquer explicação para a decisão tomada, nem eu a solicitei. Por duas razões simples: não ser desejado chega e sobra para não querer integrar o Trio e, atendendo à opinião favorável de Nuno Santos, só resta uma explicação possível - a Instituição RTP estava a ser prejudicada, leia-se, o meu estilo de intervenção prejudicou as audiências. Faço televisão há 23 anos, contra (esse) facto não há argumentos. Qualquer outra hipótese resvalaria para a teoria da cabala e eu recuso-me a entrar nesses jogos de sombras.
4 - Agradeci, primeiro, aos benfiquistas. Porque ao longo destes meses me apoiaram ao vivo e através das diversas tecnologias, por vezes queixando-se do meu estilo soft:), mas jamais duvidando da minha paixão pelo clube. Encontrar-nos-emos em bancadas de estádios e cafés com TV, roendo as unhas pelo Glorioso.
5 - Mas também agradeci aos adeptos de outros clubes, que me abordaram quotidianamente, para dizerem que discordavam de uma afirmação ou apenas da minha opção clubística, mas apreciavam a minha tentativa de ser isento e aplicar ao Benfica os critérios aplicados aos adversários (e não inimigos). Fiquei-lhes especialmente grato, pois continuo a pensar que é impossível sermos lúcidos em relação aos outros se o não formos no que nos diz respeito. Nunca estive no programa para defender o Benfica sem critério, cegamente, arriscando o ridículo que, na minha opinião, mancharia a imagem de um clube - qualquer clube! - que se diz casa de gente livre. E o Benfica tem uma longa tradição de liberdade, mesmo em tempos difíceis... Procurei, simplesmente, ser um benfiquista que pensava o futebol inserido num contexto mais vasto, as "coutadas privadas" com regras próprias não me agradam.
6 - Quero agradecer as palavras do Hugo Gilberto, do Miguel Guedes e do Rui Oliveira e Costa antes do programa, se o tempo o permitisse não tenho dúvidas que as repetiriam em directo. Desejo-lhes tudo de bom, bem assim como ao benfiquista que me substituir.
7 - A vocês, um enorme obrigado pelo privilégio de sempre terem aceite os diversos números do "Diário da República" como passíveis de conterem erros, mas não falsidades deliberadas.
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Por mim nenhum Benfiquista deveria aceitar participar nesses reles programas desportivos, eles que falem sózinhos, que façam os programas só com os corruptos e os submissos
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Se vens aqui com a intenção de me ofender dá meia volta ao cavalo e vaza